Saudade de um ilustre simãodiense: Harildo Déda
Mais uma vez a saudade nos atingiu. Nesta manhã, os noticiários informaram a partida de mais um ilustre simãodiense: Harildo Déda. Ele passou para a eternidade e agora vai reviver em nossas lembranças e na História do Teatro da Bahia.
![]() |
Harildo Déda |
Harildo nasceu em Simão Dias, no dia 3 de novembro de
1939. Era meu primo, filho dos tios Paulo Silveira Déda e Francisca Esteves
Déda.
Ainda garoto, com 12 anos de idade, foi estudar em Salvador,
no internato do Colégio Dois de Julho. E ficou na Bahia e de lá não saiu,
dedicando-se às artes cênicas. Sem nunca
negar sua origem de sergipano e simãodiense, passou a ser “cidadão soteropolitano,
por honraria, mérito e decreto datado de 2003”.
No livro “Harildo Déda- a matéria
dos sonhos”, da autoria de Luiz Marfuz & Raimundo Matos de Leão, na última
página, ele sentenciava:
“Um
dia desses, me fizeram uma pergunta: se você deixasse de fazer teatro,
continuaria vivo? No meu romantismo, achava que não. Hoje digo: ‘É uma pena
deixar de fazer, mas eu continuo vivo, sem meu braço, sem uma perna, mas vivo’,
Lutero já dizia: ‘mas eu continuo de pé’; eu continuo fazendo teatro”.
Há alguns dias, o Harildo esteve em Sergipe, conhecendo o Museu Virtual Enedina Chagas em Simão Dias, que foi inaugurado em dezembro do ano passado e que teve a colaboração artística dele.
Harildo Déda no Museu de Simão Dias, com Ézio Déda e com Amanda Santos
Hoje é um dia de justa homenagem ao ilustre
professor, ator e diretor teatral.
Continuarei fã deste notável e querido primo.
Rogo ao bom Deus que conforte seus irmãos: Haroldo, Haroldina, Anísia,
Paulo César e Humberto Déda.
Aracaju, 19/09/2023
BETO DÉDA