O
hino e o jornalzinho do Grupo Escolar Fausto Cardoso
Recentemente meu
sobrinho Paulo César Déda e o amigo Clínio Guimarães, usando o facebook,
levaram-me a lembrar de minha adolescência, quando enfrentava o frio de Simão
Dias, entregando o jornal “A Semana” pelas ruas da cidade. Comentando sobre
esta recordação, o conterrâneo J. C. Góes Montalvão traz-me a lembrança de
nosso querido Grupo Escolar Fausto Cardoso.
![]() |
Prédio do Grupo Escolar Fausto Cardoso em S. Dias |
Dizem os mais velhos
que aquele prédio foi construído no século passado, lá pelos anos 20, e que a
águia que encima o seu topo era a marca do governo Graccho Cardoso. Era, e
ainda hoje é, um prédio imponente, com suas largas escadarias, cujos corrimãos,
também de cimento, deslizávamos em rápidas descidas, puindo os fundilhos
de nossas fardas.
Alisaram os bancos
daquela escola grandes vultos da vida política e intelectual de Sergipe:
Governadores, Presidentes de Tribunais, Senadores, Deputados e imortais da
Academia Sergipana de Letras.
Muitas são as recordações
que tenho do velho grupo escolar. Para início, vamos lembrar do hino e do
jornalzinho.
O
CANTO ORFEÔNICO
Além
das aulas normais do curso primário, a querida Prof. Olda do Prado Dantas
também ensinava canto orfeônico. E suas aulas transbordavam bondade e alegria.
Aprendíamos os hinos pátrios e outros cantos, dentre os quais o que chamávamos
de “pastorzinho que solfejava”, de rifão inesquecível: - “Havia um pastorzinho,
que vivia a cantar: dó-ré-mi-fá...fá-fá... dó-ré...ré-ré... sol-fá-mi...mi-mi...
do-ré-mi-fá...fá-fa”
Todos
os dias, no início e no final do turno, tia Vina Déda ou d. Rosália tocava o
sino e todos os alunos perfilavam-se no grande corredor para cantar o hino escolhido
para dia (Hino Nacional, da Independência, da Bandeira etc.), culminando sempre
com o hino do próprio grupo, de letra do meu saudoso pai, que além de outras
atividades era inspetor escolar e foi diretor daquele Grupo. Relembro aqui os
versos de nosso hino:
"Somos
do Grupo Fausto Cardoso/
Disciplinados
estudantes.Cada estudante, um corajoso
E cada mestre, um bandeirante.
A
escola chama, a pátria quer
Que
a juventude venha aprender/Os nossos livros são os instrutores
Que nos ensinam a combater.
A
pátria quer que o juvenil,
Estudioso
e varonil,Seja a defesa do Brasil."
E
cantávamos com muito garbo sob a regência da querida professora Olda. Bons
tempos, felizes dias...
O JORNALZINHO “O IDEAL”
Como
diz a canção: “ ...velhos tempos, belos dias...”
Por
enquanto é só, mas tenho muitos causos de nosso Grupo para contar, quando folga
tiver de meus “trabalhos” no Lago Dourado...
Aracaju, 06/09/2012
Beto Déda
Nenhum comentário:
Postar um comentário