O FUTEBOL EM SIMÃO
DIAS
Já faz algum tempo li e admirei um artigo que meu sobrinho Marcelo escreveu no Jornal da Cidade, comentando sobre sua iniciação como torcedor do Flamengo. O seu texto, muito bem escrito e com ricos detalhes, reavivou minhas lembranças como torcedor de futebol na época em que vivemos em Simão Dias. Comentei pra ele as recordações do futebol de nossa terra e repito aqui, desta feita em atenção especial ao amigo e primo Humberto Oliveira, que é um vascaíno que não nega a camisa, exposta na sua página no facebook.

Àquela época acompanhávamos os jogos através do rádio,
no bar de Abel Jacob dos Santos, um amigo comerciante que mais tarde foi
eleito prefeito da cidade e deputado estadual.
Como torcedor, tempos depois, estimulei todos meus
sobrinhos que comigo conviveram em Simão Dias a torcerem pelo Mengo e os
presenteava com uma camisa rubro-negra. Daí porque todos são flamenguistas (Marcelo,
Marco, Zezinho, César, Cristiano, Cacau, e, sem a menor dúvida meus filhos).
Diz Marco que não se liga muito em futebol, mas continua torcendo pelo Mengão.
Uma vez Flamengo...
Atualmente evito assistir aos jogos do time, devido ao
meu problema de pressão alta e taquicardia. Só vejo o jogo quando o Mengo está
ganhando com folga de gols e, concomitantemente, faltam poucos minutos para
encerrar o match.
Por falar na palavra “match”, em nossa terra, naquela
época, era comum se usar expressões em
inglês (o futebol tem origem Britânica). Lembro-me de algumas delas: goalkeep =
goleiro; back = zagueiro; fullback =
zagueiro central; Half (esquerdo e direito) e centerhalf = linha intermediária;
center for = artilheiro; fall = falta; corner = escanteio, etc.

Para minha tristeza, o Vasco foi o campeão e houve uma
grande festa patrocinada pelo Presidente do time, Benedito de Arnor.
Tio Sininho (Francino Silveira Déda) era torcedor do
Vasco. Fez uma reportagem sobre a última partida do campeonato, publicada n’A
Semana, e editou um encarte (ver ao lado) que registrava o escudo, a bandeira e a letra do
hino de sua autoria (assinava como Sineta), com o seguinte refrão:
"Vasco da Gama/
Nosso brasão
De nossa terra
És campeão...
Vasco da Gama
Tens simpatias/És campeão/
De Simão Dias”.
Infelizmente, logo em seguida, tudo acabou. A ideia de
se pagar aos jogadores e se misturar futebol com política foi o passo decisivo
para o fechamento dos clubes.
Anos depois surgiu o Cruzeiro e a construção do
Estádio Luciano Cardoso, onde ocorreram grandes jogos com o Leônico (de
Salvador), o Sergipe, o Confiança (de Aracaju), o Santa Cruz (de Estância), o
Canta Galo (de Itabaiana) e os times das cidades da região. A grande rivalidade
mesmo era quando jogava a seleção local contra os times de Lagarto e de
Paripiranga. De vez em quando o “match” terminava em briga...
São lembranças estimuladas pelo primo Humberto e o
sobrinho Marcelo. Mas tenho outras do futebol de Simão Dias, que contarei
depois, se assim me permitirem o tempo e a paciência...
Aracaju,
21/09/2012
Beto Déda

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