AS
FÁBULAS QUE OS FATOS ATUAIS NOS FAZEM
RECORDAR.
Nos velhos tempos, em Simão
Dias, quando eu estudava no Grupo Escolar Fausto Cardoso, ficava empolgado com
as leituras determinadas por minhas professoras. Os exercícios que mais me
cativavam eram as interpretações das fábulas, que são narrativas em sentido
figurado, em que os personagens são animais que pensam e falam como se humanos
fossem, sobressaindo uma lição de moral.
Guardo boas lembranças das
fábulas de Fedro, Esopo, La Fontaine, em versões do Monteiro Lobato, que usava
uma narrativa própria para os jovens.
Os acontecimentos políticos que
vivemos na atualidade fizeram-me recordar da fábula “O Lobo e o Cordeiro”, que interpreto,
agora, levando em conta a ambiência política do momento.
Em tempo de crise, com sol a
pino e muito calor, um lobo faminto, traidor e cheio de trejeitos, dirigiu-se a
um riacho para beber. Lá chegando, avistou na parte mais baixa do riacho uma
cordeira (ou cordeiro?), que bebia tranquilamente. Era uma ovelha que liderava e
defendia os direitos de um grande rebanho. O lobo pensou com seus botões que esta
era a oportunidade de, em um grande golpe, saciar sua incontida fome e espoliar
o indefeso rebanho.
Então, o gesticulador lobo olhou
para a ovelhinha e grunhiu:
- Ei, não vês que estais a
turvar a água que vou beber? Devorar-te-ei por isto!
Ao ouvir tal acusação e ameaça,
a ovelhinha respondeu:
- Nada tenho a temer. Sua acusação não procede. Como
posso turvar a água que você vai beber se o riacho passa primeiro por você e só
depois desce para mim.
Atrapalhado com a resposta, mas sem
perder a ousadia, exclamou:
- Sei que no ano passado, além
de pedalar ilegalmente uma bicicleta, você falou mal de mim.
- Esta é outra mentira. Pedalar
não é crime e no ano passado eu não existia.
Mais uma vez inconformado, o
lobo insistiu, como sempre usando a tal mesóclise:
- Se não foi você, foi seu irmão
ou seu pai. Tomar-te-ei o lugar – e saltou devorando a ovelhinha.
MORAL DA HISTÓRIA: Quando os
patifes ardilosos e traidores decidem fazer o mal a todo custo, qualquer razão
serve, mesmo que seja uma baita mentira.
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O palco das traições e mentiras |
Assim é que, fulo de raiva com a
injustiça e o golpe perpetuado por políticos da direita (fieis ou dissimulados reacionários),
que desrespeitaram a vontade da maioria do povo, afirmo categoricamente que não
podemos concordar com os deputados ou senadores que – com a
maior cara de pau, bem alisadas e untadas com óleo de peroba – tenham a ousadia de nos pedir voto.
Se eles anularam o nosso voto,
não merecem ser votados. O que merecem mesmo é um “Vade Retro me”. Ou melhor, na tradução usada pelos simãodienses: - Vai-te pra lá, pra longe de mim!
Mas continuarei eleitor, votando naqueles que defendem o interesse do povo.
Mas continuarei eleitor, votando naqueles que defendem o interesse do povo.
ARACAJU,
31/08/2016
BETO DÉDA
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