LONGE DA INTERNET E SONHANDO COM AS GAROTAS DOS
BONS TEMPOS.
Estive ausente da internet e em
especial das redes sociais já faz alguns dias. Estava no Lago Dourado, fazendo
coisas próprias de aposentado. Procurando criar alguma novidade, tentando, sem
parar, livrar minha mente daqueles que tentam empurrar nosso país para a
intolerância e o fascismo.
Nestes últimos trinta dias eu procurei ficar longe das tendenciosas
notícias dos comprometidos meios de comunicação e afastar-me das maldições dos
que aqui, perto de nossa gente, mentem e atacam de modo impensado, deixando-nos
perplexos, decepcionados e entristecidos.
Estamos vivendo momentos terríveis, com patifes tomando conta do país. Uma lástima!
Mas, lancemos as coisas ruins para longe.
Mas, lancemos as coisas ruins para longe.

Confesso que nas tardinhas, lá no Lago Dourado, deixava a porteira de
minha memória livre para passarem as lembranças prazerosas dos bons tempos. Em
uma das tardes, surgiram recordações de meninas e moças encantadoras que
passaram por minha vida. As que comigo compartilharam brincadeiras e namoros
na Rua dos Ribeiros e Praça da Matriz em minha terra. E também aquelas que
passeavam pela Praça Fausto Cardoso, em Aracaju, ou no Bairro Barris, na cidade
que chamávamos Bahia e que hoje é conhecida como Salvador. Sem esquecer as
queridas e amadas garotas de Paripiranga, a famosa Paris baiana. Meninas e moças lindas, charmosas, com cabelos em
tranças longas, ou encaracolados, com cortes frontais, tipo simpatia, macios ou
crespos, todos bonitos e agradáveis de apalpar com as duas mãos.
Sentado
no píer do Lago, pensei em cada uma delas, as moreninhas, as loiras, as encantadoras
cor de café; todas renasceram no meu pensamento, tal como viviam nos felizes
anos de minha infância e juventude. Todas inesquecíveis e lembro os detalhes de
cada uma delas. Lindas, amáveis e que o tempo não apaga de minha memória. As
lembranças se repetiram em dias seguidos e renovaram minhas forças.
Então, na última tarde de devaneio, indaguei aos meus botões:
- Mas, por onde andam essas garotas?
Depois de uma pausa para reflexão, percebi que não sei o destino da maioria delas. Certamente hoje estão todas mudadas
fisicamente ou, talvez, algumas nem estejam em nosso mundo. O que sei é
que, para mim, continuam todas elas meninas e garotas, lindas, sorridentes e
esbanjando ternura e, tal qual antigamente, animando meu coração...
E lá, olhando o lento remanso das águas do lago, orei por todas elas, sem exceção, pois no meu pensamento continuam jovens, lindas, graciosas,
alegres e amadas.
E elas enchem meu pensar de felicidades.
Aracaju, 03/04/2018
BETO DÉDA
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