Meu computador pifou...
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Beto Déda em 26~05~2021 |
Uma boa amiga me disse que estava sentindo minha ausência no meu blog e na minha página do Facebook e que, ontem, 25 de maio, muitos parentes e amigos se manifestaram ali, parabenizando-me pelo aniversário.
Cuidei de procurar um meio de ler cada mensagem e externar meu agradecimento, o que faço agora.
Mas torna-se necessário informar o motivo de minha ausência.
O velho computador cansou dos meus grosseiros toques em suas suaves teclas e deixou de trabalhar. Sua tela escureceu, negando-se a mostrar-me as fotos e mensagens postadas pelos amigos e amigas que sigo com prazer. Além disso, fiquei sem condições de escrever sobre as boas lembranças que me encorajam e me ajudam a esquecer as tristes notícias destes dias de pandemia.
Sobre o problema do meu computador, alguém tentou me acudir e aconselhou-me a usar o telefone celular. Ora pois! Não consigo me acostumar com a minúscula tecla do fone. Sou do tempo das antigas máquinas de datilografia, em que os teclados exigiam um toque mais forte. Acostumei-me com maior pressão nos dedos, daí a razão da recorrente troca de teclados do meu computador. Ademais, não consigo enxergar bem as letras no telefone e a formação de uma frase se torna uma tortura, o que invariavelmente resulta em constante duplicidade e troca de letras, além de surgirem palavras que não tive intenção de escrever.
Meu filho também procurou me ajudar e comprou um novo computador. Então surgiu outra dificuldade: a avançada tecnologia. Esgota-me a paciência ter que aprender novos programas. Engraçado a mudança que aconteceu comigo: antes, era um admirador de novidades, desvendando e estudando as novas técnicas e tentando aplicá-las; agora, não consigo encará-las e fujo delas, sem contudo deixar de admirar a habilidade dos jovens em dominá-las.
Então, diante desse desconforto, ao deparar-me com as mudanças do novo computador, resta-me, aos poucos e sem pressa, tentar conhecer apenas os programas mais simples, de modo a permitir a comunicação com os queridos parentes, colegas e amigos. Mas mesmo assim, não é fácil: as complicações também estão presentes nos programas que acreditava como mais acessíveis.
Neste momento, quando pretendo usar as novidade e o editor de textos, sinto dificuldade em externar meu pensamento, sempre atropelado pelas novas técnicas. Porém, como “ando devagar porque já tive pressa”, me contento ao lembrar que nos tempos de criança o empecilho era mil vezes maior: naquela época eu usava uma pequena lousa de pedra e um lápis também de pedra para aprender a escrever.
Hoje, levei um bom tempo para escrever este texto, mas não desisto, continuarei tentando melhorar. Então, aguardem sem pressa...
Justificada a ausência, aproveito o ensejo para agradecer as mensagens parabenizando-me pelo dia que comemorei meus 80 anos.
Um abraço,
Aracaju, 26/05/2021
Beto Déda
Isso mesmo papai, aprendendo sempre e nos deliciando com seus textos cheios de graça e ensinamentos. Te amo!!
ResponderExcluirUm abraço pra minha filha querida do meu coração.
ResponderExcluirShow de relato Seu Beto, maravilha. Devagar e sempre, segue o jogo da vida, vivendo e aprendendo.
ResponderExcluir“Pra que pressa se o metrô não adianta nem atrasa?”
Grande abraço.
É isso, caro Flávio. A vida continua e com ela andamos sem pressa; especialmente devagar quando a força dos anos tenta nos debilitar. Mas continuaremos tentando inovar. E certamente encontramos arrimo nos queridos amigos. Abraços.
ExcluirTio Beto, vc é um campeão!...um grande abraço... já já vc fica um craque nessa tecnologia...
ResponderExcluirEspero que sim, meu querido sobrinho. Um abraço.
ExcluirTio Beto, com ou sem computador o senhor é uma inspiração para muita gente. Ande devagar e não tenha pressa, deixe "o sol nascer na janela do seu quarto"...
ResponderExcluirQuerida Denise: sempre vejo o dol nascendo na janela do meu quarto e rezo, agradecendo a beleza do nascer de cada dia e, invariavelmente, ouso cantar uma melodia. Na maioria das vezes erro no ritmo e na letra da canção e, então, improviso. E fico satisfeito com o resultado. Assim, sem pressa, a vida segue seu rumo... Um abraço pra você, Adilson e os filhos.
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