O Careca e a peruca, o Baixinho cantor,
e o ancião de três pernas...
Nesta semana minhas recordações se voltaram mais uma vez para tipos populares que viveram em Simão Dias e faziam parte das anedotas da juventude de então.
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O Careca e a peruca (rabiscos de Beto Déda) |
Com o passar dos tempos, o Careca sentiu saudades do Nordeste. Voltou. Veio montar seu negócio em Simão Dias. Ele era um artesão impecável e não lhe faltava serviço. Fabricava e restaurava com perfeição colchões de mola, sofás e poltronas. No seu trabalho diuturno não usava a peruca, para evitar o transtorno da poeira e do suor. Passou a usá-la em ocasiões especiais: casamentos, batizados e missas. E não o incomodava a curiosidade e o chiste do pessoal ao avistá-lo com seu topete novo. – Bolas! Dizia ele com um leve sorriso e, sem falha, aos domingos a peruca voltava a aparecer.
Na atualidade, os que têm um campo de pouso de mosquitos na cabeça estão fazendo implante capilar. E os topetes postiços passaram reinar nas cabeças dos descabelados.
O Baixinho cantor
Naqueles idos, além da curiosa presença do homem da peruca, também era constante nas missas e novenas celebradas na Igreja Matriz a presença de um agricultor baixinho, de voz forte que entoava os hinos sacros, embolando o sonoro canto das religiosas Filhas de Maria. A inconfundível e forte voz do Baixinho era conhecida por todos que frequentavam as cerimonias religiosas, mas causava certo transtorno, motivo de marotos comentários.
O canto dos maravilhosos hinos sagrados era ouvido à distância, propagado pelo serviço de alto-falante que ficava na torre da Igreja e, ao fundo, se ouvia o tom de voz do Baixinho.
O Gê três pernas
Também naquele tempo, um senhor idoso era muito conhecido pelos jovens de Simão Dias pelo seu tamanho e modo de caminhar. Diziam que era um superdotado, tinha o órgão genital exagerado, tipo Kid Bengala. Daí o denominarem de Gê três pernas. Ele era um velho alto, magro, cabelos ruivos, com as costas ligeiramente pendidas para frente e um caminhado característico, como se estive arrastando algo entre as pernas.
Estas são lembranças
de gente simples de minha terra, que vez por outra repassam em minha memória.
Aracaju, 22/01/2024
Beto Déda
Se trata de Geminiano três pernas. Trabalhava no Colégio Carvalho Neto.
ResponderExcluirOlá, meu amigo, bom dia! Fatos de nossa terra. Rsrsrs
ExcluirEstas lembranças são muito engraçadas Amigo!
ExcluirQuando lembro, sempre dou boas risadas.
ExcluirAmo essas histórias!😂❤️
ResponderExcluirUm abraço agradecido pelo seu comentário.
ExcluirBeto amo seus contos verdadeiros da sua querida Simão Dias,ah! Wellington aqui para relembrar. Um forte e respeitoso abraço primo
ResponderExcluirUm abraço pra você também. Fico a pensar nas risadas que o querido e saudoso primo daria ao lembrar desses personagens.
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