Novas lembranças do saudoso amigo Átila Lisa.
Sexta-feira passada,
quando ocorreu a solenidade de lançamento da pedra fundamental da nova sede da
Polícia Federal em Sergipe, nossas lembranças mais vez se voltaram para o saudoso
amigo Átila de Meneses Lisa, que foi homenageado como um dos agentes pioneiros
da Polícia Federal e integrante da corporação de Sergipe desde 1960.
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O Agente Flávio Lisa discursa na solenidade de lançamento da Pedra Fundamental da nova sede da Polícia Federal |
Reconhecendo os serviços
que prestou à cidade, o Município de Aracaju denominou o logradouro de acesso à
futura Sede da Polícia Federal, no Bairro Coroa do Meio, com seu nome: “Rua
Agente Federal Átila Lisa”.
O Sr. Átila nasceu em
12/01/1940, dedicou sua vida laboral a serviço de segurança pública federal. Ainda
jovem, serviu ao Exército e, logo depois, sendo reconhecido pelo seu bom
desempenho e comportamento, foi trabalhar na Companhia de
Polícia do Exército de Salvador. Em seguida, foi para Brasília integrar o DFSP (Departamento
Federal de Segurança Pública), que é a atual Polícia Federal. Na segunda metade
dos anos 60 ele veio para Aracaju e aqui ficou até 12 de outubro de 2012,
quando partiu para o plano celeste.
Conheci Seu Átila quando ele já
estava aposentado, mas percebi que ele sempre teve um coração magnânimo e muito senso
de justiça. Esta minha opinião é confirmada pelos que conheceram seu trabalho. Ele foi um exemplo como cidadão, esportista e como policial
que sempre defendeu os Direitos Humanos. Com seu jeito humilde, cativava as pessoas
e, assim, fez um grande círculo de amizades em Aracaju.
No campo esportivo, ele era um mestre no jogo de futebol de mesa (futebol de botão). Começou quando tinha 12 anos de idade e participou de diversos campeonatos realizados nos bairros de Salvador, sua cidade natal. Aqui em Aracaju, ele teve atuação formidável: foi Vice-Presidente da Liga Sergipana Futebol de Mesa por muitos anos e incentivador da organização daquele esporte no Brasil. Sua participação como atleta será sempre lembrada: campeão de diversos torneios “Nordestão” e, em 1970, ganhou o troféu como vencedor do Primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa.
Lembro, agora, que em novembro de 2012, Seu Átila foi homenageado em Salvador, pela FBFM(Federação Brasileira de Futebol de Mesa), na abertura do Campeonato Nacional. Eu estava lá, a passeio, e me emocionei com a beleza da solenidade. Sobre a homenagem escrevi um texto, em 19/11/2012, e postei meu blog (carlosalbertodeda.blogspot.com).
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Flávio e Miguel (meu neto) ao lado do cartaz em homenagem a Átila Lisa, novembro de 2012. |
O saudoso amigo ao desencarnar,
deixou sete inteligentes filhos: Alan, Alex, Flávio (meu querido genro), Charles, Sueli, Arley e Marcos Paulo.
Transmitiu para eles uma boa educação e estímulo aos esporte. Os filhos são pessoas
excelentes e conhecidos como aplicados atletas de futebol de mesa, que se
destacam em campeonatos regionais e nacionais; e Flávio Lisa também
já foi campeão brasileiro. Seguindo orientação do pai, Flávio e Alex também se
tornaram Agentes da Polícia Federal.
Para o filho Alex Lisa,
seu pai era um mestre e os filhos, desde pequeninos, aprenderam com ele importantes
lições que os prepararam para a vida.
Do meu genro, Flávio Lisa,
lembro essas emocionantes palavras:
“Ele sempre era conselheiro,
torcedor fanático e entusiasta dos filhos. Uma certa feita, já nos seus últimos
dias no hospital, em uma das frias e difíceis madrugadas, ele me chamou ao lado
do leito e disse: “Meu pai (assim me chamava carinhosamente), pegue o meu
troféu de Campeão Brasileiro e coloque na sua estante de troféus, que ele
atrairá o seu...”
Não deu outra, pouco mais de um ano da sua passagem,
eu subiria ao topo do pódio para ser Campeão Brasileiro, em novembro de 2013. A
sua influência sobre mim foi tão marcante que segui a mesma profissão e
desenvolvi o mesmo amor pelo mesmo esporte. Átila Lisa, meu herói, meu exemplo,
meu amado pai, homem que sempre pregava e usava a palavra GENTILEZA”.
Justa e merecida homenagem que a comunidade aracajuana presta ao saudoso ÁTILA DE MENESES LISA.
Transmito aqui meu abraço
a todos familiares, vez que, infelizmente, não pude comparecer à solenidade da
pedra fundamental. E ativando estas minhas lembranças, certamente Seu Átila, no sagrado
lugar que se encontra, com razão, deve ter repetido uma frase que sempre usava quando
notava uma falha: “Isso foi uma Falta Técnica!”
Aracaju,
15/07/2024
Beto
Déda
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