segunda-feira, 15 de julho de 2024

Novas lembranças do saudoso amigo Átila Lisa.

 

Sexta-feira passada, quando ocorreu a solenidade de lançamento da pedra fundamental da nova sede da Polícia Federal em Sergipe, nossas lembranças mais vez se voltaram para o saudoso amigo Átila de Meneses Lisa, que foi homenageado como um dos agentes pioneiros da Polícia Federal e integrante da corporação de Sergipe desde 1960.

O Agente Flávio Lisa discursa na solenidade de lançamento da Pedra Fundamental da nova sede da Polícia  Federal

Reconhecendo os serviços que prestou à cidade, o Município de Aracaju denominou o logradouro de acesso à futura Sede da Polícia Federal, no Bairro Coroa do Meio, com seu nome: “Rua Agente Federal Átila Lisa”.

Flávio, Carla e meus netos (Miguel e Marina) ao lado da placa em homenagem a Átila Lisa.

O Sr. Átila nasceu em 12/01/1940, dedicou sua vida laboral a serviço de segurança pública federal. Ainda jovem, serviu ao Exército e, logo depois, sendo reconhecido pelo seu bom desempenho e comportamento, foi trabalhar  na Companhia de Polícia do Exército de Salvador. Em seguida, foi para Brasília integrar o DFSP (Departamento Federal de Segurança Pública), que é a atual Polícia Federal. Na segunda metade dos anos 60 ele veio para Aracaju e aqui ficou até 12 de outubro de 2012, quando partiu para o plano celeste.

Conheci Seu Átila quando ele já estava aposentado, mas percebi que ele sempre teve um coração magnânimo e muito senso de justiça. Esta minha opinião é confirmada pelos que conheceram seu trabalho. Ele foi um exemplo como cidadão, esportista e como policial que sempre defendeu os Direitos Humanos. Com seu jeito humilde, cativava as pessoas e, assim, fez um grande círculo de amizades em Aracaju.

No campo esportivo, ele era um mestre no jogo de futebol de mesa (futebol de botão). Começou quando tinha 12 anos de idade e participou de diversos campeonatos realizados nos bairros de Salvador, sua cidade natal. Aqui em Aracaju, ele teve atuação formidável: foi Vice-Presidente da Liga Sergipana Futebol de Mesa por muitos anos e incentivador da organização daquele esporte no Brasil. Sua participação como atleta será sempre lembrada: campeão de diversos torneios “Nordestão” e, em 1970, ganhou o troféu como vencedor do Primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa.

 Lembro, agora, que em novembro de 2012, Seu Átila foi homenageado em Salvador, pela FBFM(Federação Brasileira de Futebol de Mesa), na abertura do Campeonato Nacional. Eu estava lá, a passeio, e me emocionei com a beleza da solenidade.  Sobre a homenagem escrevi um texto, em 19/11/2012, e postei meu blog (carlosalbertodeda.blogspot.com).

Flávio e Miguel (meu neto) ao lado do cartaz em  homenagem a Átila Lisa, novembro de 2012.

O saudoso amigo ao desencarnar, deixou sete inteligentes filhos: Alan, Alex, Flávio (meu querido genro), Charles, Sueli, Arley e Marcos Paulo. Transmitiu para eles uma boa educação e estímulo aos esporte. Os filhos são pessoas excelentes e conhecidos como aplicados atletas de futebol de mesa, que se destacam em campeonatos regionais e nacionais; e Flávio Lisa também já foi campeão brasileiro. Seguindo orientação do pai, Flávio e Alex também se tornaram Agentes da Polícia Federal.

Para o filho Alex Lisa, seu pai era um mestre e os filhos, desde pequeninos, aprenderam com ele importantes lições que os prepararam para a vida.

Do meu genro, Flávio Lisa, lembro essas emocionantes palavras:

“Ele sempre era conselheiro, torcedor fanático e entusiasta dos filhos. Uma certa feita, já nos seus últimos dias no hospital, em uma das frias e difíceis madrugadas, ele me chamou ao lado do leito e disse: “Meu pai (assim me chamava carinhosamente), pegue o meu troféu de Campeão Brasileiro e coloque na sua estante de troféus, que ele atrairá o seu...”

Não deu outra, pouco mais de um ano da sua passagem, eu subiria ao topo do pódio para ser Campeão Brasileiro, em novembro de 2013. A sua influência sobre mim foi tão marcante que segui a mesma profissão e desenvolvi o mesmo amor pelo mesmo esporte. Átila Lisa, meu herói, meu exemplo, meu amado pai, homem que sempre pregava e usava a palavra GENTILEZA”.

Justa e merecida homenagem que a comunidade aracajuana presta ao saudoso ÁTILA DE MENESES LISA.

Transmito aqui meu abraço a todos familiares, vez que, infelizmente, não pude comparecer à solenidade da pedra fundamental. E ativando estas minhas lembranças, certamente Seu Átila, no sagrado lugar que se encontra, com razão, deve ter repetido uma frase que sempre usava quando notava uma falha: “Isso foi uma Falta Técnica!

Aracaju, 15/07/2024

Beto Déda

 

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